dedico este post a Eliane e seu post (http://nosnaterradogelo.blogspot.com/2009/06/erros-e-acertos.html) que achei muito interessante.
uma coisa muito interessante que aprendi em meus 14 anos fora do brasil e que o fato de uma pessoa ser brasileira nao significa que ela seja uma pessoa de valores iguais aos meus.
por muitos anos eu vivi na ilusao de que o fato de uma pessoa que eu acabasse de conhecer fosse brasileira significava que eu podia confiar nela, abrir meu coracao, minha casa e meu bolso.
muitas vezes ajudei a arrumar emprego, dar "carona" sendo que era totalmente fora da minha rota por pena de que a pessoa tivesse que caminhar ou esperar onibus no frio/calor, convidar pra almocar/jantar, emprestar livros etc. mas uma hora a gente aprende. e com o tempo aprendi que gente boa e aproveitadores existem em todos os lugares e de todas as nacionalidades. e finalmente coloquei na cabeca (e tb coracao) que brasileiro/a nao e sinonimo de honestidade e solidariedade. demorei para aprender a licao, mas aprendi. isso tb me fez entender que nem todo israelense e grosso e mal educado. aqui tb tem muita gente boa, solidaria e honesta.
nunca vivi em gueto, na verdade meus amigos brasileiros (todos gente finissima) moram longe e os vejo esporadicamente mais nas festas de niver de nossos filhos. me integrei totalmente a sociedade e meu dia-a-dia nao e "brasileiro", acho que se nao fossem minhas filhas eu so falaria hebraico aqui o dia todo.
eu tb nao desfilo com camisa do brasil em toda oportunidade que tenho, embora esteja sempre contando a todos - com muito orgulho - que sou brasileira, e fazendo aquela lavagem cerebral nas meninas que "se a mamae e brasileira entao vc tb e". qq um que conversar comigo vera que e extremamente importante pra mim passar o maximo de cultura brasileira pras meninas. eu acho que assim eu premito que elas saibam que eu sou, de onde vim. tv quase que so em portugues (dvd's), so conto historinha em portugues, so falo com elas em portugues mesmo se estou junto com outras pessoas que nao entendem. so passo pro hebraico quando tem um amiguinho delas junto pra nao excluir e nem assutar a crianca (assim ela sabe oq ue se passa oa redor dela).
sei que muitos filhos de imigrantes tem vergonha de saberem outra lingua, de nao serem "iguais" a todo mundo. isso acontecia muito com os russos aqui, e seus filhos se recusavam a conversar na lingua dos pais e se sentiam envergonhados perante os amigos. gracas a deus, minha situacao e oposta. minha filha adora o fato de saber outra lingua, seus amiguinhos na escola ficam muito empolgados quando a escutam falar portugues comigo e perguntam "como se fala maca em portugues? como se fala isso e isso e aquilo" e a lista e interminavel. ela adora tb (como eu!) o fato de ter roupinhas e arquinhos e sapatos do brasil. ela os ve como especiais (como eu tb! ... risos ...).
a minha licao foi
1. nao dar "passe livre" pra alguem so pelo fato de ser brasileiro.
2. nao ha nada melhor que se integrar na sociedade e nao viver em guetos
3. criar minhas filhas num ambiente bi-cultural so tem feito bem a elas.
beijos a todos!
uma coisa muito interessante que aprendi em meus 14 anos fora do brasil e que o fato de uma pessoa ser brasileira nao significa que ela seja uma pessoa de valores iguais aos meus.
por muitos anos eu vivi na ilusao de que o fato de uma pessoa que eu acabasse de conhecer fosse brasileira significava que eu podia confiar nela, abrir meu coracao, minha casa e meu bolso.
muitas vezes ajudei a arrumar emprego, dar "carona" sendo que era totalmente fora da minha rota por pena de que a pessoa tivesse que caminhar ou esperar onibus no frio/calor, convidar pra almocar/jantar, emprestar livros etc. mas uma hora a gente aprende. e com o tempo aprendi que gente boa e aproveitadores existem em todos os lugares e de todas as nacionalidades. e finalmente coloquei na cabeca (e tb coracao) que brasileiro/a nao e sinonimo de honestidade e solidariedade. demorei para aprender a licao, mas aprendi. isso tb me fez entender que nem todo israelense e grosso e mal educado. aqui tb tem muita gente boa, solidaria e honesta.
nunca vivi em gueto, na verdade meus amigos brasileiros (todos gente finissima) moram longe e os vejo esporadicamente mais nas festas de niver de nossos filhos. me integrei totalmente a sociedade e meu dia-a-dia nao e "brasileiro", acho que se nao fossem minhas filhas eu so falaria hebraico aqui o dia todo.
eu tb nao desfilo com camisa do brasil em toda oportunidade que tenho, embora esteja sempre contando a todos - com muito orgulho - que sou brasileira, e fazendo aquela lavagem cerebral nas meninas que "se a mamae e brasileira entao vc tb e". qq um que conversar comigo vera que e extremamente importante pra mim passar o maximo de cultura brasileira pras meninas. eu acho que assim eu premito que elas saibam que eu sou, de onde vim. tv quase que so em portugues (dvd's), so conto historinha em portugues, so falo com elas em portugues mesmo se estou junto com outras pessoas que nao entendem. so passo pro hebraico quando tem um amiguinho delas junto pra nao excluir e nem assutar a crianca (assim ela sabe oq ue se passa oa redor dela).
sei que muitos filhos de imigrantes tem vergonha de saberem outra lingua, de nao serem "iguais" a todo mundo. isso acontecia muito com os russos aqui, e seus filhos se recusavam a conversar na lingua dos pais e se sentiam envergonhados perante os amigos. gracas a deus, minha situacao e oposta. minha filha adora o fato de saber outra lingua, seus amiguinhos na escola ficam muito empolgados quando a escutam falar portugues comigo e perguntam "como se fala maca em portugues? como se fala isso e isso e aquilo" e a lista e interminavel. ela adora tb (como eu!) o fato de ter roupinhas e arquinhos e sapatos do brasil. ela os ve como especiais (como eu tb! ... risos ...).
a minha licao foi
1. nao dar "passe livre" pra alguem so pelo fato de ser brasileiro.
2. nao ha nada melhor que se integrar na sociedade e nao viver em guetos
3. criar minhas filhas num ambiente bi-cultural so tem feito bem a elas.
beijos a todos!
1 comment:
Oi Paola,
obrgiada pela referência, gostei muito do post,
exatamente o que sinto. Acho que estamos criando filhos cidadãos do mundo, acho que isso é mais importante. Aprender outras culturas, saber conviver com o diferente e guardar a sua brasilidade no coração. Parabéns pelo exemplo de mãe.
Bjs, Eliane
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