Saturday, 9 October 2010

Empregos temporarios e empregabilidade

 Ha muito li uma materia sobre empregos temporarios e suas possiveis consequencias. Imprimi e coloquei em algum lugar da casa na esperanca que meu marido lesse tb. Pois bem, ontem a noite, arrumando umas gavetas, me deparei com a materia. Ele leu (viva!) e agora estou aqui para contar para vcs e dar o meu pitaco sobre o assunto. Abaixo vcs podem ler a materia ou entrar no link. E mais abaixo, depois da materia, eu continuo escrevendo (nao deixem de ler!)

Why taking a temp job can reduce your income 

Job hunters may be better off being unemployed and searching for permanent work rather than taking temporary positions, a new study contends.

“It’s not that temp work is bad, per se,” said David Autor, who co-wrote the study. “It’s that people who are successful as temps, would tend to be far more successful in direct hire jobs. It’s the opportunity cost rather than direct harm.”
Autor, an economist at the Massachusetts Institute of Technology, and colleague Susan Houseman carried out a broad study of outcomes for 37,000 job seekers. The study group comprised clients of Work First, a public job-placement service operating in Detroit whose goal is to get people off welfare.
Applicants were randomly assigned to jobs; some were temporary positions doled out by agencies, others were direct hires to participating companies. All the jobs were relatively low-wage, low-skill labour.
Autor found that those workers who lucked into direct-hire employment, on average, earned 30 to 50 per cent more over the next two years than workers who took temp jobs. They found that earnings for temp workers tended to jump at the outset but then settled back when those jobs ended after a few days or weeks.
“The average outcome is that people placed in temp jobs do less well than they would have if they had just spent the extra time to search for a direct-hire position,” Autor said from his office at M.I.T. on Monday.
“Holding the temp job has two consequences: First of all, it’s very difficult to search for a job while you’re working. Second, when you’re connected to a temp agency, you may have the illusion a job is about to show up. They say, ‘We’ll call you when we have something.’ I wouldn’t call it ‘complacency,’ but it may create the sense that you’re doing something when you’re not.”
At the root of all this is the onerous nature of the job hunt itself.
“We know from all kinds of studies that people ... hate searching for work. They hate it much more than working.”
Temp work, it seems, jolts people out of a job-hunting state of mind while offering no long-term benefits.
“Direct-hire placements give people stability. Stability is very valuable,” Autor said. “People often talk about the benefits of flexibility and so forth. Most of those benefits are actually for the employer rather than the employee.”
One of his conclusions is that government should not be in the business of trying to place people in temp jobs.
“You don’t need a government agency to connect you to a temp agency. Everybody knows where they are,” Autor said. “What is hard is connecting workers directly to employers.”
The participants in the study were a very particular kind of worker – one with little training. But Autor believes the study’s findings apply to a broad economic spectrum.
He is very careful not to suggest that people who need to put food on the table should be turning down any sort of job. But he gently suggests that the goal should be a successful job search, not a short one.
“What I’d like (job seekers) to take from this is that although temporary work sometimes leads to a direct-hire position, that’s probably not the most fruitful way to get them, relative to the sort of painful work of a direct-hire search,” Autor said.
“Don’t view temp work as the on-ramp into the labour market.”
Levando em conta os dados que a pesquisa expoe, acho que para um casal seria entao mais facil que para uma pessoal solteira, pois assim um pode ingressar num emprego temporario e garantir uns trocados entrando em CAN$ e cobrir parte ou todas as despesas enquanto o outro continua buscando o seu emprego permanente e estavel. Alem da vantagem de ter uma renda, ainda que pequena e temporaria, o novo imigrante tem a possibilidade de construir uma rede de contatos, podendo esta ajuda-lo na busca do emprego permanente - tanto seu como do conjuge.
Uma outra questao que me veio a mente e que as vezes muitos dos casais chegam ao Canada sem o dominio da lingua, ou seja, um sabe frances/ingles e o outro nao. Este fato poderia nao permitir fazer uso da estrategia que descrevi antes, pois sem o dominio total e/ou parcial da lingua fica menos facil encontrar qualquer tipo de emprego, certo? ERRADO! Existem muitas outras possibilidades para trabalhar sem dominar ainda a lingua. Vamos supor que uma familia chegue no Canada na seguinte situacao: o homem, aplicante principal, sabe frances/ingles; a mulher tem conhecimentos super basicos da lingua (ou nenhum); os filhos que ainda nao sabem mas aprenderao muito mais rapido que todos. O homem entao e o canditato a buscar o emprego permanente e estavel, enquanto sua esposa alem de estudar a lingua (a noite por ex.) entrara no emprego provisorio. Mas como? Uma solucao muito simples seria - sem sair de casa - oferecer servicos de "creche" a outras maes brasileira que ja ingressaram no mercado de trabalho. nao precisa ser em tempo integral, inclusive. Ela dispoe de algumas opcoes:
1. tipo "daycare" "homeday/homecare" em tempo integral
2. apos/antes do kindergarten em periodo integral ou parcial
3. refeicoes para as criancas que pode ser oferecido no local onde a crianca estuda ou na casa da propria imigrante.
uma das vantagens que esta mulher tem em relacao as outras creches seria a lingua portuguesa - que toda mae gostaria de preservar ou transmitir a seus filhos.
um outro ponto a ser ponderado e a possibilidade de transformar este trabalho temporario em permanente, abrir uma empresa e usufruir das vantagens que podem ser recebidas, como por exemplo declarar parte dos gastos como gastos com a empresa - a creche - gastos com agua, eletricidades, aquecimentos, parte do financiamento da casa, diarista para fazer a limpeza (caso resolva contratar os servicos de alguma) e etc.
Esta "solucao ocupacional" pode ser vista nao so como uma fonte de renda para o casal/familia imigrante mas tambem como um tipo de ajuda mutua entre os imigrantes: por um lado vc ajuda uma familia recem-chegada, por outro vc pode ir tranquila para o trabalho e saber que seu ffilho esta sendo bem cuidado  - e em portugues!


Para abrir um "homedaycare" e preciso:
1) de um certificado de primeiros socorros (CPR), que vc pode fazer em um fim de semana ou online. A Cruz Vermelha oferece este curso, mas nao e a unica. Veja o CPR da Cruz Vermelha aqui: https://apaccess.redcross.ca/coursemanager/coursesearch.aspx?lang=E 
2) de uma pessoa responsavel para cada 5 criancas. Assim que se vc nao tem planos de pegar mais que 5, pode trabalhar sozinha.

bom e isso! a Louise acordou, Vitoria e Gabriela acabaram de chegar de seu passeio de bicicleta mortas de fome. Entao, mamae entra em cena!
beijos!!


Bonne Chance! Paola

Obs.: obrigada KK pelas suas importantes observacoes! 

2 comments:

Carlos ( KK ) said...

Legal... só precisa ter em mente o seguinte. Ter um day care ou home care desses necessita que a pessoa tenha cursos e permissão do governo. É óbvio que tem gente que oferece o serviço informalmente, mas pode dar problema.

Carlos ( KK ) said...

Na verdade errei o nome.
Existe o Daycare: é tipo uma creche com uma sede e tal.
E existe o DayHome que é na própria casa da pessoa com um limite máximo de crianças, que não qual é.