Realmente
fiquei muito preocupada ... semana passada tive uma conversa com a professora
da Gabriela (grade 2 / 2 série) pois eles estavam usando calculadoras na escola
para aprender a contar por dezenas. Expus minha preocupação e minha aversão. Perguntei
como ela
(professora) aprendera a contar por dezenas. Combinamos que Gabriela não usaria
a calculadora, nem que fosse a única na sala. Ela disse que está no currículo
escolar e que talvez eu precise assinar um documento, que é claro, concordei.
Até agora não me pediram para assinar nada. E eu estou torcendo para que a
professora não tenha me embromado e tenha dito uma coisa e na sala esteja
fazendo outra.
Eu não sei se
outros pais brasileiros aqui no Canadá estão "aterrorizados" como eu ... mas confesso
que por alguns segundos me passou pela cabeca arrumar as trouxas e votlar para
minha terrinha, onde nem que seja por falta de verba, as crianças usam palitos
de picolé, dedos e o próprio cérebro para fazer as contas.
Me toquei de
que isso faz parte de um choque cultural ... e que de certa forma, minha opinião
sobre muitos aspectos da cultura canadense é que eles são condicionados à
"zumbisse": Não precisa pensar demais ... existem máquinas que fazem
tudo por você!
Estaria o
Canadá criando uma geração de zumbis dependentes de máquinas e sem capacidade
de calcular por si sós? Qual será o futuro destes jovens que perderam o contato
com conceitos básicos da matemática?
Aos que moram
aqui no lado de cima da Linha do Equador, não sei se vocês já repararam que no
Tim Hortons a caixa registradora não somente dá o valor do troco, mas também
especifica quantas moedas e notas de cada valor. Já vi também caixa que você dá
o dinheiro, a moça/rapaz digita a quantia que vc deu e o troco sai por um
"escorregador" preto no balcão do lado do cliente.
Me pergunto:
até quando as máquinas e a tecnologia estão favorecendo a vida dos jovens? Será
que eu sou um dinossauro que se recusa aderir à modernidade e deveria rever
meus conceitos?
Uma coisa eu
tenho muito claro, minhas filhas precisam saber quanto e 8+4 ou 9+6. Precisam
saber toda tabuada de multiplicação. Precisam entender o conceito de
percentagem (%) e acima de tudo precisam colocar a massa cinzenta delas para trabalhar. E se a
escola não dá ênfase a esta “abilidade” ou a este aprendizado, eu terei que investir
um tempo extra em casa e me certificar de que meus valores em relação à
educação passem adiante.
Uma piada para descontrair:
Joãozinho está indo muito mal em matemática.Os pais já tentaram de tudo: aulasparticulares, brinquedos educativos, centrosespecializados, terapia, nada adiantou.Aí ouvem dizer que há uma escola de freirasno bairro que é muito boa, e resolvem fazermais uma tentativa.No primeiro dia, Joãozinho volta para casacom a cara séria e vai direto para o quarto,sem nem mesmo cumprimentar a mãe.Ele senta na escrivaninha e estuda. Estudasem parar.Lembram do Donald no pais da matematica? Vou mostrar para minhas pequenas ;-)
A mãe o chama para jantar. Ele jantarapidinho e volta imediatamente aos estudos.A mãe nem acredita. Isso dura já algumassemanas.Um dia, Joãozinho volta para casa com oboletim, que entrega a mãe.Nota 10 em matemática! A mãe não se contém epergunta:- - Filho, me diga o que fez você mudar destejeito? Foram as freiras?Joãozinho balança a cabeça negativamente.- - O que foi, então? - insiste a mãe - Foramos livros, a disciplina, a estrutura deensino, o uniforme, os colegas , O QUE FOI???Joãozinho olha para a mãe e diz:- - No primeiro dia quando eu vi aquele carapregado no sinal de mais, percebi que elesnão estavam brincando...
Este video e sobre a matematica na natureza.
Bonne Chance! Paola
1 comment:
Muito estranho, aqui em Alberta minhas filhas não usam calculadora (Kindergarden ao grade 2 e grade 3 ao grade 5). Deve ser diferente...
Boa sorte, Luiz
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